A poesia é um bálsamo para a alma. Neste cantinho eu navego por um mundo que construi e que me transmite paz. É para mim um refúgio onde o imaginário e o gosto pelas palavras me inundam e me fazem sonhar. Quem não precisa de sonhar, num mundo cada vez mais cinzento? Sejam bem-vindos! Visite ainda o meu blog: http://joaogomesalvador.blogspot.pt/
domingo, 18 de dezembro de 2011
O Natal na minha aldeia
Regressei à tradição, ao Natal que tanto queria.
Regressei à minha terra, numa noite muito fria
Regressei à consoada, a umas mesas recheadas
Nesse banquete faustoso, tinha filhós e rabanadas
Com o azeite cristalino, regava a refeição.
Comia Polvo e batatas; couves e nabo cozido,
Não faltava o bacalhau e todas as iguarias,
Na companhia da família, em parlatório animado.
Logo passavam as horas, numa felicidade plena,
não é engano nem tema, era mesmo alegria,
na pureza de amor, de uma família querida!
Neste quadro transmontano, na minha terra Sanfins,
no quadro que emoldurei e para sempre guardei,
nesse quadro; nessa rua, no local onde cresci.
Tinha sentido o Natal, não tinha futilidades.
Nos brinquedos que fabricava,
Nos sentimentos que buscava
Na amizade que alcançava!
Era assim o meu Natal, tão belo!
Um Natal de amor, de sorrisos e de verdade!
Tenho saudades, dos Natais que ali vivi!
João Salvador – 13/12/2011
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