A poesia é um bálsamo para a alma. Neste cantinho eu navego por um mundo que construi e que me transmite paz. É para mim um refúgio onde o imaginário e o gosto pelas palavras me inundam e me fazem sonhar. Quem não precisa de sonhar, num mundo cada vez mais cinzento? Sejam bem-vindos! Visite ainda o meu blog: http://joaogomesalvador.blogspot.pt/
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Perdão
Houve tempos em que o amor era só teu
Era visto com olhos cristalinos
O teu corpo era venerado …
Os teus beijos eram desejados.
Tempos que já não o são!
Tempos longínquos e fantasmagóricos,
Apenas uma névoa de recordação.
Num momento em que te perdi
Traindo os sonhos que havia em ti!
Sim! Deixei fugir o amor que era teu,
Perdi-me num mundo só meu!
Nunca te pedi perdão,
Nem sequer tive compaixão,
Pois … afoguei-me na paixão,
No leito perfumado, de outra mulher.
O remorso percorreu-me a alma
Envenenou-me a consciência.
Não por te venerar,
Mas por te magoar!
João Salvador – 29/08/2011
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Pensamentos - Desabafos de uma formiga
O ‘pequeno’ será sempre alvo de tentativa de espezinhamento do ‘grande’. Principalmente quando este não assume as responsabilidades dos atos que ele próprio comete, preocupando-se em denegrir o trabalho da formiga obreira, para espiar a sua própria culpa.
No entanto a boa obra, construída com tanto esforço pela obreira, será sempre aos olhos do ‘grande’, um projeto apenas seu que serve para lhe alimentar o ego. Já a formiga será sempre um ser desprezível que serve apenas para lhe nutrir os vícios do egocentrismo.João Salvador – 19/02/2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Lágrimas esquecidas
Choras lágrimas esquecidas,
num penoso silêncio que grita.
São lágrimas que já não vejo,
afogadas num retalho do tempo.
Não as vejo! No entanto sinto-as.
São tão tuas, mas logo as faço minhas,
numa dilacerante dor que te afoga a alma.
Dor só tua, que guardas mas que não posso curar!
João Salvador – 31/01/2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Recordações
No meu berço adormeço,
Por ti já não ensandeço.
Na minha terra mergulho,
Afogado no orgulho!
Purifico-me num banho,
onde apago o teu perfume.
Elimino as réstias de ti,
enraizadas em mim!
Nos sonhos harmoniosos que tenho,
Alimento-me das recordações,
Mas não vivo de ilusões.
João Salvador – 18/11/2010
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