segunda-feira, 6 de julho de 2015

Labuta incansável


(Imagem retirada da Internet)



Como ensandeço,
Sem o pão que mereço.
Labuto incansável
Na conquista do sustento.


Essas migalhas que amealho,
Não são dadas, são suadas.
Arrebanho-as das mãos dos ímpios
Dos usurpadores,
Dos que comem tudo,
Até o suor dos íntegros!


Grito de dor …
As mão calejadas,
Enrugadas,
Envelhecidas,
Destruídas!


Jazem cansadas,
Quase abandonadas.
Foge a força,
Resignar-me?
Não!
Venha a revolução!


João Salvador – 06/07/2015

Onde estão as palavras?


Onde estão as palavras
Que outrora me alimentavam?
Onde estão os versos declamados?
Serão o passado? Terão retorno?

Sinto-me tão nu, desprovido de ti.
Lá longe, a musa dos sonhos, exala incentivo.
Busco nas profundezas de mim,
Mas nada surge … vejo-me vazio!

Choro no reflexo das sombras de outrora.
Vagueio perdido nos prados cinzentos,
Escurecidos pelas palavras que não brotam.
Pelos caminhos que percorro, mato a beleza.

Orações, aclamações, pedidos.
Nem as forças supremas abençoam o poeta,
Que caminha errante pelas suas tristezas,
Buscando na paz, a inspiração perdida!


João Salvador – 10/06/2015