Extravasais as dores da alma negra que chora
calada,
Soluça pensamentos inconstantes que dilaceram
o sentir!
Questões empíricas voam sem resposta,
adormecidas na apatia das palavras ditas que percorrem as feridas humanas.
Trilham-se caminhos curvos, contornando
destinos que se buscam, ainda que não se procurem.
As dores da alma, quem não as sente?
Que tormentos naquelas verdades que
trespassam a carne já de si demente!
Uma réstia de racionalidade faz acordar esta
alma adormecida, mas que sente os impulsos dos sentimentos alheios que o
golpeiam de alegria ou de tristeza.
Sentis que nada tendes, sentis névoas do
passado, fantasmas que rasgam o céu, inundando-vos o pensamento de devaneios
loucos, memórias que quereis apagar!
Acordes de violino percorrem o horizonte,
tocando melodias que arrepiam todo o ser, alimentando-o dos mais variados
pensamentos … prazer, ódio, revolta, tristeza, amor … impotência em ajudar …
ajudar-se!
Não procurem entender, o que não é
entendível. Vós próprios, no mais recôndito e longínquo canto da vossa alma,
desconheceis quem sois e o que sentis realmente … assim o sente o poeta!
João Salvador – 25/05/2013