Nas brumas do tempo,
sentes a passagem da vida
Que segue lenta,
encravada nas palavras
emperradas que não ousas dizer!
No beiral do precipício, olhas o vazio
Venerando o calafrio que te enregela a alma
O medo da queda assola o teu íntimo
Torna-se mais forte que o sentimento
que se agiganta no peito.
Inconsciente, lanças-te ao abismo
seduzido pela beleza de uma mulher
que se meneia, sedenta de prazer!
Perdes-te nas suas curvas corpóreas
Libertando jorros de lava que expelem do vulcão
Apagados pelos gélidos sentimentos que fundiram a alma!
Vives este momento de paixão,
numa loucura de amor proibido
sem medos ou receios do abismo
com o qual te deparas na mente!
João Gomes Salvador - 03/06/2014
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