Perdem-se os sentidos na beleza das encostas
esverdeadas
onde dançam as videiras, acariciadas pelo vento
amadas pela mão do homem que as trata com carinho
Extraem das vinhas o néctar de Baco para deleite dos
homens
Tanto que lhes proporcionas com a riqueza das
tuas águas
Fazes cintilar os olhos de quem mira extasiado,
a beleza das tuas correntes
que serpenteiam a terra dos privilegiados que habitam em
ti
Nasce do teu ventre a vida
Alimentas a gula insaciável dos homens
Indiferente aos maus tratos a que és votada
Não, tu não te abates, continuas enfrentando o homem
Gladias-te com as suas loucuras
Segues senhor do destino,
com uma serenidade aflitiva
que atormenta os mais afoitos.
Ó Douro ... toda a beleza que expeles contagia os
poetas
Dás o pão aos homens que te sugam sem descanso
Privilegias a região com uma majestosa beleza
Enfeitiçada com as tuas curvas definidas
beijas com teu leito os crentes
matando-lhes a sede de vida!
João Salvador - 06/05/2014
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