Não suporto mais as lágrimas da minha
loucura.
Os minutos apagam-me a vida, rumo ao ciclo
anunciado …
Não me castrará …
A clausura do amor que encerro no peito,
consome e corroí-me a vida, até agora, ao momento em que te escrevo …
Não mais me guardarei para aquele momento
mágico de loucura, viverei já esses momentos, bailando ao sabor dos prazeres
mundanos!
Não mais me guardarei, nas paredes desta
mente presa a uma incerteza, que apenas me leva à perdição da já débil sanidade
de um poeta perdido numa floresta de sentimentos controversos, antagónicos.
Perco-me hoje num novo dia, navegando na
luxúria de um corpo quente, de uma Vénus, que como eu cansou de morrer uma vida
em vida!
O pudor, esse, já não me interessa …
As opiniões, relevo-as, ignoro-as, vivendo
gulosamente a perdição dos corpos esbeltos, torneados, suculentos... que me
acalmam o libido de uma lava fumegante.
A loucura desta paixão desenfreada, realizo-a
ao sabor dos desejos do momento, cuja realização em ti, está pendente apenas da
tua vontade!
Esquece tudo, perde-te em mim … faz amor comigo,
mata-me esta sede de ti!
João Salvador - 01/01/2016
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