Nem sempre o mais belo poema, espelha o que
nos vai na alma.
Nem sempre um belo sorriso transparece o que
é verdadeiramente sentido, surgindo mascarado pelas mágoas que nos tocam no intimo do nosso ser!
Dias de desalento, tristeza visceral, que nos
atormentam, buscando refugio num qualquer canto do viver, nas pequenas coisas que
nos fazem prosseguir por este tortuoso caminho, ensanguentado pelas maldades
humanas.
Prossigo pois este caminho, escravo dos
sentimentos que me atingem ferozmente o coração.
Desalento pelo que vejo em redor. Um
delapidar do que de verdadeiro e puro tem o amor!
A ganância dos homens, entristece-me, ainda
que não verta as lágrimas que acumulo no íntimo do meu chorar.
Desfaleço perante a insensibilidade; a
inércia; a incompetência, mas principalmente sofro pelo sofrer alheio,
espelhado nos rostos das crianças que caminham descalças, rumo a um destino sem
tino, a uma vida que não o é!
Rumam a uma escravidão imposta pelos poderosos
da alta finança, que ditam as normas da vida e morte dos seres que sobrevivem a
custo!
Agradeça ao ser supremo, quem tem um prato na
mesa. Ainda que não faustoso poderá alimentar o seu corpo, mesmo que sua alma
padeça!
Olhai vós que tendes a obrigação de dar um
rumo à nação, vede onde nos levastes, seres insensíveis … monstruosos,
hediondos!
Tirastes o sorrido às crianças; a vontade aos
pais; o descanso aos velhos; a inspiração aos poetas … a cor ao mundo!
João Salvador - 14/04/2013
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