Soltais a voz dos fantasmas que apoquentam a
alma
Gritais uma dor intensa que se espeta no
peito
Cravada pelo próprio punho das vossas mãos
Sois vós que dilacerais o coração perdido
Sereis incapaz de amar … ou apenas cobarde?
Como permitis um sofrimento tão atroz
Chora o corpo martirizado pela saudade
Jorrando das vossas veias o sangue que amou!
Sois a névoa de um homem outrora romântico
Um ser opaco a quem a luz se apagou
Viveis sentimentos retalhados, esfarrapado pelo
tempo
Cujos retalhos dos doces momentos não ousais
unir!
Sois tão cobarde que envergonhais o amor.
Deixai o coração pulsar, aquecer o corpo
Acariciai os vossos sentimentos escondidos
Vivei a loucura da paixão, pois a vida logo
se apaga!
João Salvador – 01/08/2014
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