Como podes pedir racionalidade?
Não a queres nem a desejas,
Queres a loucura de poder amar.
O coração é cego, sente!
Olha, absorve o seu olhar matador
Que penetra arrebatadoramente, rasgando-te o
ventre,
Libertando-te da dor que consentes.
Olhar … enfureces a vontade que explode como
lava!
O corpo treme, curvando-se perante tamanha
beleza
Ah! E esse lábios carentes então?
Oh meu deus!
Proferissem eles a palavra amor e perder-te-ias
nos seus braços, para todo o sempre!
Render-te-ias aos seus exército de sedução,
baixando o escudo da realidade, esquivando-te aos medos, mergulhando na loucura
do desejo adormecido, que rugiria acordando para a paixão, aprisionada no peito
de um ser moribundo.
Um ser que vive só para te amar, ainda que o
não vejas, ainda que o não sintas.
Nas sombras dos teus dias, os seus
pensamentos perseguem-te, protegem-te, beijam-te, amam-te!
Tu, sim tu … és o desassossego da alma, amor!
És a razão do seu viver
És o seu doce sofrer!
João Gomes Salvador – 28/12/2014
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