Moves-te
no vazio dos silêncio emanados pelos teus pensamentos antagónicos, que não
compreendes, ocultando em ti sentimentos atormentados que lutam entre a razão e
o coração, entre a hesitação e a concretização.
Habitas
as suas noites aquecidas pelas memórias luxuriantes dos desejos de dois amantes
que insistem conhecer-se, lambuzar-se nos seus corpos sedentos, privados que o
estão … ensandecendo-os!
Querem
desabrochar, libertar-se de uma vida encarcerada por mal-entendidos e medos infundados!
Chega-se
a um ponto em que os medos se tornam estupidificados, num mundo de liberdade,
apenas não se vive se não se quiser. A dor deve ser castrada e não alimentada
através da não concretização do desejável, da vontade, da paixão … do querer!
Grita
ao vento, que espalhe as palavras silenciadas por anos de clausura. Ela que
seja a mensageira da tua felicidade. Liberta-te, realiza-te, vive-te …
O
tempo dos silêncios, dos medos, da dor … doce ou amarga, o tempo dessa dor
apregoada por Camões já morreu com a odisseia poética do autor, que largou os
sonhos no papel branco, onde pousou a caneta, procurando agora a realidade do
contacto no regaço de quem ama!
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