segunda-feira, 1 de abril de 2013

Quem és tu?



Seguro ternamente numa caneta de plumas.
Procuro escrever um poema que te invente.
Busco inspiração na tua beleza …
Procuro palavras que não encontro, porquê?
Será porque simplesmente não existem?

Como poderei descrever quem és se não és descritível?
Diria que és a minha realidade, a minha verdade.
Serás o meu futuro ou até o meu mundo.

Diria até que para mim és tudo (ou não serás nada?)
A minha inspiração; um bem-querer.
Aquela que acorrenta o meu coração,
Aquela que o fechou numa fortaleza,
O amordaçou e o protegeu da dor.

Escondeste-o onde ninguém o alcança,
Pois o meu amor é só teu (Assim o desejo!).

És aquela que me tira o sono
És aquela que me inquieta,
Mulher com quem sonho
E de quem me alimento.

Por mais que procure descrever-te,
As palavras soam a insatisfação
Descrever-te … não consigo!
Não encontro palavras que te façam jus

Em vez de palavras dar-te-ei,
Tudo aquilo que sinto e não descrevo,
Carinho,
Um terno beijo,
O meu leito
O meu abraço,
Enfim …
A emoção, um baque no coração
Num eternizar de paixão!

João Salvador – 18/09/2011

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