Vivo as ilusões dos sonhos perdidos
Vivencio a sombra do verdadeiro amor
Acompanho caminhos trilhados pela alma gémea
Sinto um amor que a vida em mim matou!
Observo, escuto e sofro em silêncio, por ti e
por mim
Hoje resta-me apenas um trapo de retalhos
Um coração estilhaçado por sonhos quebrados
Sangrando a doçura do amor longínquo
Vejo-te contemplativa, sentada nas rochas
Esvoaçando teus cabelos, acarinhados pelo
mar!
Numa cumplicidade selada pela compaixão
Libertas ao vento o perfume que outrora senti
Olhas com um olhar vazio, escondido pelas
sombras
Um destino que não escolhemos, mas reservado
Pedes a paz para a tua alma agitada, mas …
Vives como vivo, alimentando um amor morto,
mas doce!
Uma tumba fria foi-me reservada em vida
Ornada com um relicário onde guardo minhas
cinzas
Deposito nele os sentimentos amordaçados
Na esperança de ressuscitar no além o amor
que te neguei!
João Salvador – 07/12/2013
Acompanhamento:
Canção do mar - Dulce Pontes
Acompanhamento:
Canção do mar - Dulce Pontes
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