No início
reinava a paz, numa alma amorfa que nada conhecia, não sentia, não amava.
Era
o vazio, divagando num vácuo sem sentido, até que um dia o seu olhar se cruzou
com uma deusa, cujos cabelos esvoaçantes, o cegaram com a sua beleza.
Um
olhar penetrante, hipnotizador, arrebatador trespassou-lhe como uma flecha de
cupido o coração errante.
Conduziu
aquela alma outrora vazia para uma loucura de desejo corpóreo, luxuriante que
nunca antes havia sentido …
Mirava
agora maravilhado aquele corpo torneado, suado, transpirando desejado, era o
palácio de vénus pedindo para ser explorado.
A
alma encheu-se finalmente de sentimentos nunca outrora conhecidos, abandonando
o limbo da apatia, lançando-se na loucura da paixão desenfreada.
Experimenta
agora sentimentos antagónicos, uma visão tardia do que já poderia ter possuído.
João
Salvador – 29/10/2014
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