quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mãe

O frio percorreu-me o corpo
Nesse inverno absorto … em si mesmo.
Um arrepio, fez-me acordar
Fez-me sentir o que não queria sentir.

As lágrimas inundaram-me,
Alagando o meu mundo,
Transbordando de dor!

De repente
Perdi o teu calor,
O teu colo
O teu amor
Ó minha mãe …

Perco-me nas recordações
Na infância
Nas tropelias de uma criança.

Tu sorrias …
Alimentavas-me de carinho,
Ainda que envergonhado,
Pelas indelicadezas da vida!

Nos teus braços
Protegidos, sentia-me …
Amado, adorado …
uma criança feliz!

Esse teu calor que guardo
No fundo do meu ser
Nas memórias que não vou esquecer

Vivo dessas lembranças
Do teu exemplo
Desse motor que me faz viver!
Das tuas histórias de vida

Ainda que longe
Ter-te-ei presente,
Para todo o sempre!


João Salvador – 07/09/20
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