quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Janela vazia



Olhais por aquela janela vazia,
numa solidão de olhar gritante.
Terras que passais sem alma
Terras sem nome que sois cercadas,
pela noite que sobre vós se abate.

Dais-vos conta que o templo flui
ritmadamente numa ligeireza
onde os pormenores se perdem
e que julgais ver, mas que não vedes!

Estais sozinho!
Estais perdido no vosso rumo
Viajando no comboio da vida
Meditando-a!

Fazeis analogias do que sentistes
Dos momentos que vivestes
Da dor já sofrida
Da alegria sorrida!

Tantos pormenores,
sobre os quais buscais resposta!
Tanto detalhes ofuscados na vossa mente …
Uma visão cega e limitada!

Foge-vos a vida entre os dedos …
Olhais para ver o que não vedes
Mas vedes o que não se vê!

João Salvador – 17/10/2012

Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLqZtKK5cwdKE0qdMJamNqEvT7SMgRsbNO_RpvH6E_TxwpVm5h_5dCewj7N0UT5I22Xe5UeLQ7z-rJHpZ5dcImvMYPkMmekLmDz8d237taWgo7p12jQ1XApitZbn1NRckyNjNofIlqpNU/s320/comboios.jpg