sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Fantasmas da alma


Soltais a voz dos fantasmas que apoquentam a alma
Gritais uma dor intensa que se espeta no peito
Cravada pelo próprio punho das vossas mãos
Sois vós que dilacerais o coração perdido

Sereis incapaz de amar … ou apenas cobarde?
Como permitis um sofrimento tão atroz
Chora o corpo martirizado pela saudade
Jorrando das vossas veias o sangue que amou!

Sois a névoa de um homem outrora romântico
Um ser opaco a quem a luz se apagou
Viveis sentimentos retalhados, esfarrapado pelo tempo
Cujos retalhos dos doces momentos não ousais unir!

Sois tão cobarde que envergonhais o amor.
Deixai o coração pulsar, aquecer o corpo
Acariciai os vossos sentimentos escondidos
Vivei a loucura da paixão, pois a vida logo se apaga!

João Salvador – 01/08/2014