domingo, 4 de março de 2018

Afinal, amar é sofrer?


Na madrugada, 
os pássaros não cantam, 
o olhar é vazio, 
a  presença, 
ausência. 
Estás mas não estás, 
olhas mas não vês. 
Estátua de mármore fria, 
amor petrificado!

Acompanhado, 
vivo rodeado,
de ruído ...
sozinho,
perdido,
... sem ti!

Melodias percorrem a vida.
Notas soltas, acompanham o olhar.
Vês tudo? Ou vês nada, mulher!
Tudo passa, sem, que sintas,
o que me corroí a alma!

O amor, temo em pronuncia-lo!
Temo por ti e por mim.
Temo amar-te e morrer!
Afinal, amar é sofrer?


João Salvador - 04/03/2018