terça-feira, 3 de junho de 2014

Brumas do tempo


Nas brumas do tempo, 
sentes a passagem da vida
Que segue lenta, 
encravada nas palavras
emperradas que não ousas dizer!

No beiral do precipício, olhas o vazio
Venerando o calafrio que te enregela a alma
O medo da queda assola o teu íntimo
Torna-se mais forte que o sentimento 
que se agiganta no peito.

Inconsciente, lanças-te ao abismo
seduzido pela beleza de uma mulher
que se meneia, sedenta de prazer!

Perdes-te nas suas curvas corpóreas
Libertando jorros de lava que expelem do vulcão
Apagados pelos gélidos sentimentos que fundiram a alma!

Vives este momento de paixão, 
numa loucura de amor proibido
sem medos ou receios do abismo
com o qual te deparas na mente!



João Gomes Salvador - 03/06/2014