quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Devolves ao mar a dor



Contemplas em pranto o mar revolto
Sentimentos que te arrancaram,
Arrebatados num naufrágio vivido
Olha-los agora perdida!

Pensas contemplativa …
Findou assim o amor?
Ofereceste-lhe o coração
Uma rosa pura, intocada!  

Seguras hoje uma flor murcha
Triste, desprovida de afetos
Coberta de espinhos e dor!

Voltas ao mar onde o amas-te
Olhas uma última vez … o passado
Devolves ao mar a dor. Adeus meu amor!


João Salvador – 01/09/2012