segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Sente o que sente o poeta


Esqueço hoje a desilusão, quero vida!
Recordo apenas a alegria do beijo roubado
Do calor do teu corpo húmido e quente
Dos corpos enlaçados que se amaram

Busco apenas memórias fulgentes
Momentos ínfimos ou não que alimentem
Toda a alma carece de carinho e amor
Ainda que o não diga, o poeta ama e sente!

Assim o sente o leitor que se deixa absorver
Que devora cada letra, cada palavra, cada verso
Electriza os seus sentimentos vivendo as palavras
Sente as memórias de outrem como suas

Chora com o desalento …
Entristece-se com o tormento …
Alegra-se com o sorriso
Enche o coração com paixão!

Tudo devora quem sente
Sente o que compõe o poeta
Sê quem escreve,
Pois quem escreve sente!



João Salvador – 29/12/2014