domingo, 1 de abril de 2012

Rio que sublimo


Rio que sublimo
Nasces nas alturas
Chorado pela tristeza dos céus
Engrossado pelas lágrimas
Dos tormentos humanos
Que te regam e veneram
Numa vénia, num trejeito
Com todo o seu enfeito!
Corres no teu leito
Senhoril e altaneiro
Banhas as tuas margens
Nutres as tuas flores
Sustentas quem te consome

Percorres tortuosos caminhos
Imbuído no teu ventre de vida
Numa pureza cristalina
Num esplendor sublimado

Aproximas-te do clímax
Dum horizonte de glória
Impregnado de momentos
Eternizada por tormentos …
Paixão; Morte; Ilusão; Desilusão
Regados por devaneios de amor!

Ali, perdes a tua pureza
Mas ganhas toda uma beleza
Dada pela natureza
Numa doce virgindade
Banhada pela verdade!


João Salvador – 18/10/2011