domingo, 28 de dezembro de 2014

Racionalidade perdida


Como podes pedir racionalidade?
Não a queres nem a desejas,
Queres a loucura de poder amar.
O coração é cego, sente!
Olha, absorve o seu olhar matador
Que penetra arrebatadoramente, rasgando-te o ventre,
Libertando-te da dor que consentes.
Olhar … enfureces a vontade que explode como lava!
O corpo treme, curvando-se perante tamanha beleza
Ah! E esse lábios carentes então?
Oh meu deus!
Proferissem eles a palavra amor e perder-te-ias nos seus braços, para todo o sempre!
Render-te-ias aos seus exército de sedução, baixando o escudo da realidade, esquivando-te aos medos, mergulhando na loucura do desejo adormecido, que rugiria acordando para a paixão, aprisionada no peito de um ser moribundo.
Um ser que vive só para te amar, ainda que o não vejas, ainda que o não sintas.
Nas sombras dos teus dias, os seus pensamentos perseguem-te, protegem-te, beijam-te, amam-te!
Tu, sim tu … és o desassossego da alma, amor!
És a razão do seu viver
És o seu doce sofrer!


João Gomes Salvador – 28/12/2014

sábado, 13 de dezembro de 2014

Mudança


Não seja adverso à mudança, veja-a como um novo caminho que precisa de percorrer na complexidade das encruzilhadas tecidas pelos fios da vida.

Ainda que a mudança o bafeje com doces saudades, momentos, amizades, siga o rumo que quer destinar à sua alma, agradecendo aqueles que o premiaram com o seu sorriso, a sua bondade e a sua amizade transparente, que nada pediu em troca.


João Salvador – 13/12/2014

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Purga da Alma


Nesse rosto de lágrimas choradas
Lavado pela loucura da saudade
Vislumbra-se o cintilar tímido de um olhar solícito
Orando pelo regresso do amar!

Naquele rosto de face rosada
Habita um sorriso puro e inocente
O sorriso de uma alma acalentada
Pela esperança do reviver o amor!

Naquele rosto de anjo habita uma menina
Resplandece um anjo-mulher
Mulher que sente, que ambiciona
Busca o encantamento adormecido

Sonha o despertar
Sonha o acordar
Sonha consolar o coração ferido
Das desilusões de um amor, outrora proibido!


João Salvador – 23/08/2014

domingo, 16 de novembro de 2014

Encruzilhada


O pensamento mergulha na encruzilhada
Debatendo-se entre escolhas óbvias
Ou na loucura de caminhos,
Cujas histórias não foram escritas

Lança-se em percursos povoados,
Por sensações que flutuam na alma.
Errante, esquece a realidade, lança-se
Cego pela vontade de amar!

Esbarra na dúvida, na hesitação
Sente nas palavras não ditas
Uma dor no coração …

Estanca na encruzilhada, meditativo
Presente-lhe o medo no rosto indecifrável
Chora a indecisão, sangra de paixão …


João Salvador – 16/11/2014

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Momentos de liberdade

A liberdade é algo que se consegue em pequenos prazeres da vida, o sentir na face o vento a acariciar a pele; o ver a paisagem a voar sobre o nosso olhar; o prazer em sentir o barulho do motor de um choper a cumplicidade dos motares com os quais me cruzo. Bem tudo isso é algo que não tem preço.

Complementado pelo quadro com o qual a natureza, premeia aqueles que a observam atentos e a amam! Sou no fundo um privilegiado, vivo rodeado pelo mar, abraçado pela montanha e coberto pelo céu, que respira ainda sem máscaras, apesar dos atropelos do homem!

Estes pequenos passeios de mota, são uma lufada de ar fresco nesta selva urbana que diariamente nos bombardeia com o stress, o negativismo, os atropelos, os quais liberto nestas fugidas nas quais busco refúgio, meditando e buscando a paz interior na beleza do mar e da montanha.

Praia de Maceda - Ovar

Praia de Esmoriz - Ovar

Compenetrado em perfeita simbiose com o mar

domingo, 9 de novembro de 2014

Subjugado ao doce destino



Procurou fugir das recordações que o assolavam em todos os dias da sua vida, perseguindo-o através das névoas do tempo que se enraizaram na pele. 

Mas as memórias eram tão doces, viciantes que o condicionaram num acordo tácito, por seu próprio desejo, para a vida ... até nas suas escolhas.


Não conseguiu arrancar do seu coração o amor que se agarrava aguerridamente à sua alma, possuindo-a!

Toda a sua vida o perseguiu a vontade frenética de abandonar tudo e amá-la, viver com ela. Mas a dúvida, os medos coibiram-no, castraram-no.

Subjugou-se ao meloso destino que ele próprio traçou. 

Inconscientemente, a sua presença era sentida e através dela delineava as suas escolhas, olhando outras mulheres, vendo-a personificadas na sua amada. 

Os feitios, a personalidade as características físicas – aqueles cabelos longos, ondulados, pretos, o olhar intenso, penetrante hipnotizador, quente, dolorosamente cativante. 

Como uma lapa as recordações viviam nele e em tudo aquilo que o rodeava …

No seu íntimo queria abandonar o comodismo, seguir sem rumo, livre, apenas com o pensamento em reconquistar o amor perdido, reviver o sonho, outrora abandonado. 

Não se sentia verdadeiramente feliz, nunca o foi, sempre lhe faltou algo, o desespero abeirou-se dele, lançando-o no precipício … esvaziando-o, levando-o ao suicídio das suas vontades ... 

Podia ter alcançado o amor puro, o sentimento, mas deixou-o esmorecer, acobardou-se, deixou-se vencer pela sua mente doente. 

A tristeza visceral atingiu-o com uma violência tal, que nem os anos lhe apaziguaram a alma, atormentando-o, perseguindo-o como um espectro, espreitando periodicamente através do seu ombro, cujo peso da dor o obrigou a ceder.

Essa alma morreu, perdeu-se nas vontades, apagou-se. É agora um farrapo feito em retalhos, um fantasma de si mesmo …

Terá essa alma salvação? 
Poderá esse homem ter a ilusão remota de sentir o amor?
Será capaz de se tornar audaz?
Talvez sim, ou talvez não ...

O destino escreverá essa nova página de vida, que ditará a vida ou a morte dessa pobre alma que ama loucamente!


João Salvador - 08/11/2014 (E.G)

Dança da paixão


Olhares cruzam-se
Numa dança de paixão
Bailando ao toque da saudade
Um sentir penetrante
Ignição para o renascer do amor!...


Corpos unidos numa simbiose perfeita
Banhados por beijos aguardados
Percorrem recônditos recantos
Do desejo proibido

No toque nada te é proibido
Tuas mãos exploram exímias
Teus lábios carnudos, humedecidos pelo desejo
São livres, tocam, beijam o corpo do amante
Voam pela imaginação da tua paixão
Usas a plenitude do teu sentir

Cavalgas agora frenética, seu corpo carente
Sacias a tua loucura, numa cadência ritmada
Engolindo o seu falo rijo
Gritas tresloucada de prazer
Transfigurada, saciada …
Repousas agora por momentos
Mas queres voltar a tê-lo em ti!

João Salvador - 09/11/2014 (E.G)

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Doces sonhos


Vive escondida no cume da montanha
Assolada pela dúvida da sua própria vida
Escalou as rochas da desilusão
Venceu obstáculos que cimentaram o coração
Corajosamente atingiu o horizonte
Expiou a sua dor que adormeceu mas não venceu!

No seu íntimo não a quis vencer
Nunca esqueceu esse amor
Aquele amor/dor que lhe habita o sono
Que lhe aquece as longas noites frias de inverno

Foram esses doces sonhos de esperança
Que dissiparam o nevoeiro,
Das dúvidas que hoje não tem!


João Salvador – 23/08/2014

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Doce manjar


Doce manjar é meu corpo perfumado,
Que devoras avidamente
Num eloquente sonhar

Silhueta da perdição …
Corpo onde bebes o pecado
Paraíso onde te moves
Sonhas acordada
Navegas o corpo
Com mãos suadas de desejo
Percorrendo os mares
Do arrebatamento
Até ao auge
Da paixão!

O Paraíso completa-me
Com ventos sôfregos
De um amor
Que bafeja duas almas gémeas...
Almas que buscam a urgência
Da união
Nos corpos
Apaixonados!

João Salvador – 03/11/2014

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Notas Soltas II


Porque estás cansado?
Que maleitas te apoquentam a alma?
Pensas em desistir do que te faz feliz?
Achas que não vale a pena lutar?

Cansado de tantas questões, arrastas os sentimentos, sente-los dentro de ti, apoquentando-te a alma!
Sentimentos que hoje gritam libertando o peso da eternidade, aguardando pacientemente a hora de amar!

O momento esse que tarda em chegar, o tão almejado descanso de uma alma carente, fatigada por anos de espera, de dor consentida.
Manténs-te firme não obstante as adversidades que o tempo e o espaço te impõem.

A distância (palavra mutiladora), não é obstáculo. O relógio marca os dias, as horas, os minutos … a felicidade tarda em chegar.

A morte espreita veloz e assustadora, já antes havia tentado tragar-te, mas foi derrotada, pois nem a morte venceu o desejo de amar.
Pedes clemência ao tempo que te deixe sonhar o amor real, antes que a foice te trague e te transporte para a margem obscura das trevas.

Vês clemência no barqueiro que atrasa a sua viagem … aproveita o tempo que te resta para buscar o amor que ainda não provas-te.


João Salvador – 29/10/2014

Notas Soltas I


No início reinava a paz, numa alma amorfa que nada conhecia, não sentia, não amava.
Era o vazio, divagando num vácuo sem sentido, até que um dia o seu olhar se cruzou com uma deusa, cujos cabelos esvoaçantes, o cegaram com a sua beleza.
Um olhar penetrante, hipnotizador, arrebatador trespassou-lhe como uma flecha de cupido o coração errante.
Conduziu aquela alma outrora vazia para uma loucura de desejo corpóreo, luxuriante que nunca antes havia sentido …
Mirava agora maravilhado aquele corpo torneado, suado, transpirando desejado, era o palácio de vénus pedindo para ser explorado.
A alma encheu-se finalmente de sentimentos nunca outrora conhecidos, abandonando o limbo da apatia, lançando-se na loucura da paixão desenfreada.
Experimenta agora sentimentos antagónicos, uma visão tardia do que já poderia ter possuído.


João Salvador – 29/10/2014

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Memórias de um beijo


Num manto de lágrimas
Jaz a saudade
De uma alma purificada
Pelo chorar
De um homem apaixonado

O mesmo homem que outrora gritou
É agora o espelho da esperança!
Todo ele sorri …
Aguarda o beijo …

Já não tem pudor
Em expressar a vontade
De sentir, revivendo
O beijo nunca esquecido!

Quer perder-se
Num amar louco
Onde apenas têm lugar
Duas almas gémeas
Cujos segredos se perdem
Nas suas próprias memórias


João Salvador – 27/10/2014

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Dor da saudade

Porque fere a saudade?
Que tormentos afligem o pensar?
Nuvens pairam sobre ti,
Temendo o amanhecer!

Uma dor terrível aperta o peito,
Implacável, sem tréguas,
Persegue a alma,
atrofia o coração!

Vem mulher,
Vem depressa,
Afaga-me esta dor ...
de amor!


João Salvador – 22/10/2014

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Alma decisória

Presas numa jaula suspensa, rodeada por trevas enraizadas num mundo obscuro, esperando a decisão do júri, jazem as almas suspensas, aguardando os ditames da sua própria alma decisória que comanda o coração!
Quando tal ocorrer serão as almas livres para sofrer ou amar?


João Salvador - 21/10/2014


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Um novo renascer


Mergulho no vazio de mim,
Provocado pelas tempestades da alma.
Dispo-me de preconceitos, de sentimentos.
Purgo-me dos pensamentos, das promessas, dos devaneios
Libertando a energia que me habita o corpo.
Procurando a renovação no amor!
Embrenho-me nos mistérios do querer,
Buscando nas profundezas dos mares que habitam em mim.
Mares, ora tumultuosos, ora serenos,
Vasculhando o fundo do oceano.
Réstias de farrapos resistem à purga que batalho,
Agarrando-se às entranhas da minha alma.
Luto abnegado, com valentia o renascer,
Um novo dia, um bem-querer …
Estou em mim, que não sou quem era
Sou agora um novo ser …

João Salvador – 17/10/2014


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Lágrimas da alma


Que mistério encerra o teu olhar?
Que segredos escondem o teu chorar?
Que tormentos te povoam o espírito?
Que dor esconde o coração moribundo?

Na escuridão das noites
Vagueias perdido nos pensamentos
Brotando lágrimas vividas.
Não sabes porque choras,
Na solidão da tua alma.
Buscas tão só … o amor
Que persegues …eternamente.

Porque choras homem?
O teu rosto sofre,
Definha
Angustiante.
Que desejos escondes,
Nessas lágrimas salgadas?


João Salvador – 10/10/2014

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Explosão de amor

Quantas palavras guardadas?
Quantos silêncios murmurados que não dizes?
Que desejos encerra o amor na prisão da alma?
Turbilhão de sentimentos …
Jorros de vontades …
Explosão de querenças, não se contêm mais,
Enlouquece com a presença da mulher
Que se passeia aos olhos do louco!

Sente a racionalidade a consumir-se
A paixão assenhora-se de si!
Prestes a detonar, a gritar …
Não mais quer conter-se …
Busca o pecado angelical
Ama-a loucamente

Por medo não o diz
Por cobardia arrasta a dor,
Que lhe atormenta a ferida
Aberta no coração!

Sorrisos já não lhe chegam,
Contenções … consomem a alma!
O momento é chegado,
Assenhorou-se do seu destino …

Abeirou-se daquela mulher
Que lhe povoou as memórias …
Tomou-a com voracidade em seu braços,
Beijou-lhe o corpo, devorando-a com sagacidade
Explorou cada recanto sonhado
Perdidos na paixão do desejo …
E amou!

João Salvador – 03/10/2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Deusa lua


No alto do púlpito celestial
Olhas os escravos que rastejam a teus pés
Libertas a luz que roubas-te ao sol
Enfeitiças os homens com promessas de amor

És a sua alma
Em todas as fases dás-lhes o teu amor
Brinda-los, com a felicidade que não conheciam

Na chama da tua presença
Olhando o céu estrelado
Dás coragem às gentes
Para se libertarem das correntes
Das dores sentidas
Que os subjugavam contra a sua vontade

Deusa dos tempos
Musa de poetas
Senhora dos mares
Prometeste-lhes o perdão
Destes-lhes a redenção!

Olhas do céu a tua obra
Vês agora o homem liberto
Outrora escravo, preso às amarras
Que ele próprio criou


João Salvador – 23/08/2014

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Lábios do querer


Ah!
Esses lábios carnudos,
Lábios de desejo,
Prisão do meu sofrer,
Perdição da minh’alma
Naufrágio do meu querer
Bote da salvação
Provoca o âmago da minha perdição!

João Salvador – 29/09/2014

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Alma que baila


A luz que emanas da áurea translúcida,
ilumina a alma carente,
uma energia que baila,
perdida na saudade da palavra escrita.
Letras … quentes alimentam o coração que ama.
Um coração rendido à imagem da misteriosa musa,
A arrebatadora,
a mulher que beija a aura da vida,
Uma mulher que deixa o homem demente!

João Salvador – 29/09/2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Busca pela vida - Pensamentos

A vida esconde em si muitos mistérios indecifráveis, como o é a constante busca para a descoberta da luz que nos conduza à iluminação, ao desmistificar dos segredos escondidos na alma e dos sentimentos que navegam o coração!
Será uma graça divina ou do acaso que nos permite contemplar o nosso próprio ser»? Ou será através de uma busca incessante na procura da palavra que nos define, e que nos traduz quem somos, no fundo buscamos o vocábulo que personifique o universo que habita no interior do cofre onde pernoita adormecido o “eu”.
Meditam buscando respostas, os filósofos, escritores, letrados, cidadãos comuns e todos aqueles que querem respostas para a sua existência e do universo que rasga a nossa imaginação, colocando questões que apenas abrem a porta a novas interrogações, numa cadência desenfreada que apenas apoquenta os nossos pensamentos – mas não é isso que buscamos?
Mas tal não aumenta apenas a ansiedade nas almas que buscam algo tão simples como uma existência serena, pacifica e cumprindo o ciclo da sua breve existência, sorrindo, alimentando-se de pequenos gestos, carinhos, vivências que façam transbordar o seu cálice de felicidades terrenas?
Que buscam as religiões e os homens na sua generalidade? Não será que buscam também a paz interior, o bem, a corrente de harmonia que percorra todos os seres que nos rodeiam em determinados momentos, espalhando a paz e o amor indiscriminadamente, alcançando na terra o paraíso?
Nada dará mais prazer que o sentimento do bem-fazer, da entreajuda, da doação de um amor cristalino sem nada exigir … apenas saber que quem queremos bem é feliz à sua maneira, mesmo que não o seja com quem desejamos!
Busquemos as respostas, através da introspeção, da meditação, da oração (no caso de crentes – seja qual for a religião ou credo que professe), das ações … nunca devemos parar de buscar a luz que alimenta a alma dos seres que sofrem, mas desengane-se quem pensa que irá descobrir em si as respostas … somos seres muito complexos, cujos sentimentos se cruzam num puzzle com becos intermináveis, alguns solúveis outros talvez não!
Por isso amem, sejam humanos, solidários, sejam felizes, busquem mas não se percam, sabem qual é o objectivo principal? É esse mesmo … vivam sem medos, pequem quando tiverem que pecar, arrependam-se quando tiverem que o fazer, sorriam, divirtam-se, amem quando tiverem que amar. Sofram apenas se tiver que ser, quando tal ocorrer libertem as trevas que vos apoquentam a alma e aprisiona os vossos corações, gritem, chorem e depois ergam-se e busquem novamente a felicidade, mas nunca desistam de amar, mesmo que tal sentimento seja só vosso, guardado carinhosamente no recanto de uma alma adormecida!

João Salvador – 21/08/2014