segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Pensamentos silenciados


Moves-te no vazio dos silêncio emanados pelos teus pensamentos antagónicos, que não compreendes, ocultando em ti sentimentos atormentados que lutam entre a razão e o coração, entre a hesitação e a concretização.

Habitas as suas noites aquecidas pelas memórias luxuriantes dos desejos de dois amantes que insistem conhecer-se, lambuzar-se nos seus corpos sedentos, privados que o estão … ensandecendo-os!
Querem desabrochar, libertar-se de uma vida encarcerada por mal-entendidos e medos infundados!

Chega-se a um ponto em que os medos se tornam estupidificados, num mundo de liberdade, apenas não se vive se não se quiser. A dor deve ser castrada e não alimentada através da não concretização do desejável, da vontade, da paixão … do querer!

Grita ao vento, que espalhe as palavras silenciadas por anos de clausura. Ela que seja a mensageira da tua felicidade. Liberta-te, realiza-te, vive-te …

O tempo dos silêncios, dos medos, da dor … doce ou amarga, o tempo dessa dor apregoada por Camões já morreu com a odisseia poética do autor, que largou os sonhos no papel branco, onde pousou a caneta, procurando agora a realidade do contacto no regaço de quem ama!

João Salvador - 26/01/2014