segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Laboriosa labuta




Caminhas-te sempre firme, observando, indagando.
Procuravas uma confiança que te ofuscava a razão.
Uma intensidade, uma corrente que te cegava.
Seguias o trilho da vida … numa interminável procura!

Laboriosa e orgulhosa canseira, desempenhada no momento …
Do sentimento que havias cumprido a meta … sem tortura.
Labuta que te consumia mas te realizava.
Um sorriso; um agradecimento … uma lágrima vertida.

Uma gratidão de alento que se esfumou no momento.
Naquele dia de hoje, em que o sol não brilhou,
no dia em que o céu relampejou e gritou!

Acordas-te caminhando num pântano, castigado pela chuva.
Voaram palavras de apreço que não esqueces e não desprezas,
mas, num ápice … tudo mudou, o teu ser cobriu-se de nada,
caminhando pesadamente, rumo ao contágio do mundo!


31/08/2011 - João Salvador