domingo, 28 de abril de 2013

Palavras mudas



Vislumbras seu rosto no tempo
Dissipado pelas marés do momento
Resgatado pelas mãos do poeta
Cujas memórias procura manter!

Escreve doces palavras de ti
Aquelas que cobardemente calou
E que tanto rogavas ouvir
Pronunciadas pelos lábios traídos.

Procuravas sentir os amores negados
Pela madrasta vida que os roubou …
Contrariedades que apagaram o sorriso
E te fazer agora viver paixões sem amor!

João Salvador – 27/01/2013


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Privado do teu sorriso (Poema de amizade)



Acordei de manhã
Não vi o sol brilhar
O céu estava triste
Algo mudou!

Segui os meus próprios passos
Esperançoso em encontrar-te
Ali chegado, atingiu-me a desilusão
O teu sorriso havia sido levado

A tua presença da qual fui privado
Fez-me sentir um homem triste
Não fui premiado, como o era com o teu sorriso
Uma alegria contagiante, com que brindavas a manhã
Surge agora apagada da minha visão

Saudades …
Da tua presença,
Do teu sorriso,
Da tua meiguice
Da tua amizade …

Entendo-o, vida. Continuas correndo incansável
Mas privaste-me do meu sol da manhã!

João Salvador – 26/04/2013

(Para ti amiga Sílvia Silva – Desejo-te muitas felicidades nesta nova etapa)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Desabafos de um revoltado!



Nem sempre o mais belo poema, espelha o que nos vai na alma.
Nem sempre um belo sorriso transparece o que é verdadeiramente sentido, surgindo mascarado pelas mágoas que nos tocam no intimo do nosso ser!
Dias de desalento, tristeza visceral, que nos atormentam, buscando refugio num qualquer canto do viver, nas pequenas coisas que nos fazem prosseguir por este tortuoso caminho, ensanguentado pelas maldades humanas.
Prossigo pois este caminho, escravo dos sentimentos que me atingem ferozmente o coração.
Desalento pelo que vejo em redor. Um delapidar do que de verdadeiro e puro tem o amor!
A ganância dos homens, entristece-me, ainda que não verta as lágrimas que acumulo no íntimo do meu chorar.
Desfaleço perante a insensibilidade; a inércia; a incompetência, mas principalmente sofro pelo sofrer alheio, espelhado nos rostos das crianças que caminham descalças, rumo a um destino sem tino, a uma vida que não o é!
Rumam a uma escravidão imposta pelos poderosos da alta finança, que ditam as normas da vida e morte dos seres que sobrevivem a custo!
Agradeça ao ser supremo, quem tem um prato na mesa. Ainda que não faustoso poderá alimentar o seu corpo, mesmo que sua alma padeça!
Olhai vós que tendes a obrigação de dar um rumo à nação, vede onde nos levastes, seres insensíveis … monstruosos, hediondos!
Tirastes o sorrido às crianças; a vontade aos pais; o descanso aos velhos; a inspiração aos poetas … a cor ao mundo!

João Salvador - 14/04/2013

domingo, 14 de abril de 2013

Medos


Acredita em ti próprio e nas tuas capacidades. Abandona os medos que te atormentam a alma!
Com perseverança e fé terás mais possibilidades de alcançar o desejado.

João Salvador - 14/04/2013

domingo, 7 de abril de 2013

Pecados da carne



Nas lembranças de outrora
Percorri ternamente teu corpo
Apoderei-me da tua boca sedenta
Senti o desejo em teus lábios
Perdi-me no teu beijar

Enlouquecido …
Fui levado pelo desejo
Tomei teu corpo
E teus mais íntimos recantos
Fui levado pela loucura

A racionalidade perdeu-se
Sucumbimos ao desejo da carne
À fusão do homem e da mulher
Penetrei na tua alma carente
Absorvendo o teu deleite
Rebentando os amantes
Num prazer luxuriante
Que irracionalmente buscavam …

João Salvador – 01/04/2013
http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&gs_rn=8&gs_ri=psy-ab&cp=16&gs_id=2&xhr=t&q=pecados+da+carne&rlz=1C2GGGE_enPT418PT462&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.44770516,d.d2k&biw=1280&bih=685&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=S6ZhUdmSLMOr7AaMuYHYBg#um=1&hl=pt-PT&rlz=1C2GGGE_enPT418PT462&tbm=isch&sa=1&q=sensualidade&oq=sensualidade&gs_l=img.3...47300.50672.0.51410.12.12.0.0.0.0.317.2385.3j3j5j1.12.0...0.0...1c.1.8.img.SUtB2mBjCUw&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.44770516,d.ZGU&fp=c097bf081b814313&biw=1280&bih=685&imgrc=JcjmTiMDlwJ2hM%3A%3B7j27YHxFw0brXM%3Bhttp%253A%252F%252F2.bp.blogspot.com%252F_rrt-HhfUDSk%252FShlNO4KXHCI%252FAAAAAAAAA-U%252Fal92mk6MeqM%252Fs400%252FSensualidade%252B4%252B03.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Frucapedruca.blogspot.com%252F2009%252F05%252Fsensualidade-iv.html%3B400%3B393

O olhar da morte



Escolhi viver intensamente!
Temo o fenecimento, desprezo-o.
Fujo, sem norte … da morte!

Pois …
Não sei como morrerei,
Mas sei como viverei!

Vi os teus olhos ó morte,
Personificado num cadáver sem vida.
Definhou com um sorriso,
Convidativo, mas assustador.

Onde morrerei, não sei,
Mas sei como viverei!

Vi-te atrás de uma máscara,
Vi-te tão perto e tão longe.

Não sei quando morrerei,
Mas sei como viverei!

João Salvador – 15/07/2011

terça-feira, 2 de abril de 2013

O conhecimento e a ignorância - Eterno conflito




Será que o ignorante pensa que tem conhecimento e o que tem conhecimento se acha ignorante?


A verdadeira aprendizagem é continua, daí que o bom aluno não se considere sabedor da verdade, aceitando e assimilando o conhecimento adquirido com humildade!

Quem bebe o conhecimento, saboreia-o sem arrogância, petulância ou prepotência. Prefere deixar transparecer ignorância ainda que o não seja deixando que os ignorantes vivam na ignorância dos seus próprios pensamentos.

João Salvador - 02/04/2013



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Quem és tu?



Seguro ternamente numa caneta de plumas.
Procuro escrever um poema que te invente.
Busco inspiração na tua beleza …
Procuro palavras que não encontro, porquê?
Será porque simplesmente não existem?

Como poderei descrever quem és se não és descritível?
Diria que és a minha realidade, a minha verdade.
Serás o meu futuro ou até o meu mundo.

Diria até que para mim és tudo (ou não serás nada?)
A minha inspiração; um bem-querer.
Aquela que acorrenta o meu coração,
Aquela que o fechou numa fortaleza,
O amordaçou e o protegeu da dor.

Escondeste-o onde ninguém o alcança,
Pois o meu amor é só teu (Assim o desejo!).

És aquela que me tira o sono
És aquela que me inquieta,
Mulher com quem sonho
E de quem me alimento.

Por mais que procure descrever-te,
As palavras soam a insatisfação
Descrever-te … não consigo!
Não encontro palavras que te façam jus

Em vez de palavras dar-te-ei,
Tudo aquilo que sinto e não descrevo,
Carinho,
Um terno beijo,
O meu leito
O meu abraço,
Enfim …
A emoção, um baque no coração
Num eternizar de paixão!

João Salvador – 18/09/2011