segunda-feira, 28 de abril de 2014

Mulher ou animal – Mulher Mistério

Mulher mistério
Por mais que busque não te encontro
Não sei quem és
És animal ou mulher?



Olhar penetrante …
Por vezes inquietante
Olhar de loba submissa
Que logo transformas em fera!

Mergulhando no teu lado humano
Percorri o labirinto de ti
Caminhei por emoções
Senti os sonhos
As ilusões …
Chorei teu amor perdido
Rendi-me à beleza da tua alma cristalina
Nessa encruzilhada encontrei-te
Mas logo te perdi
Tornaste-te loba errante
Feroz de sentimentos cerrados
Incompreensiva para o amor humano
Indiferente a tudo o que senti por ti
Fechada nesse corpo animal
Encerras-te o capítulo
De todas as histórias de amor!


João Salvador – 28/04/2014

Lábios Carnudos



Outrora senti os lábios carnudos
O toque das bocas que se tocaram
O calor libertado pelo contacto
O desejo, acendia a chama da vida!

As línguas que se entrelaçavam
Num redemoinho de prazer incessante
Percorriam o céu da loucura
Voando pelo abismo da perdição!

O tempo selou teus lábios carnudos
Tornou pecado o meu amor e o teu
Proibiram os beijos molhados

O silêncio emana desses lábios, que outrora foram meus …
Hoje são espelho de um amor ceifado!
São … paixões que agora não sentem!


João Salvador – 28/04/2014

domingo, 27 de abril de 2014

Coragem versus cobardia


Quando o desânimo bate à porta, devemos pensar naqueles que estão pior que nos e ainda assim possuem uma força hercúlea para enfrentar os obstáculos da vida. Nessas alturas devemos pensar se os nossos problemas são insolúveis, ou simplesmente baixamos os braços por cobardia?

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Poema calado


Não ouso escrever-te um poema
Que diria nessas parcas quadras?
Hoje nada sei e de nada tenho certeza
Já não sei quem sou, nem quem tu és!

O que fomos nos dois?
O que somos agora?
Tantas questões,
Nenhuma resposta

Busco apenas no silêncio
Estará nele a solução?
Será no barulho dessa quietude
Que encontrarei a resposta?


João Salvador – 24/04/2014

sábado, 19 de abril de 2014

Montanha dos sonhos perdidos


Horizonte perdido, ladeia a montanha de teus sonhos
Não conseguem transpor tão grandioso obstáculo
Galgas caminhos, cortas por encruzilhas
Mas não alcanças o rio que mata a sede da saudade

Água que corre para lá da montanha
Onde saciarias a sede do amor cobiçado
Que buscas sofregamente até a exaustão!
Escorregas em cada pedra mas não desistes

Continuas buscando o amor perdido
Não conheces a palavra não! Levantas-te e segues …
Alcançado o cume, olhas para o lado alcançado!
Absorves os aromas emanados pela paixão

Ouves o som de uma deusa outrora que foi tua
Vê-la ainda longínqua, ocultada pela névoa
Lês seus pensamentos e ela os teus … paralisas
Finalmente choram o amor que não podem ter!

Resta-lhes o consolo das recordações
Desse ultimo olhar fulminante
Que lhes rasga o coração … gritando
Dilacerados pela dor da saudade que lhes mata a paixão!


João Salvador – 19/04/2014

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Despido de amor


Nu!
Despido …
Sentimentos caídos
Pedra fria
O que sou?
Um corpo inacabado
Inabitado …
Onde mora o amor?
Vazio …
Inócuo
Memórias perdidas!
No pantanal dos sentidos
Onde reina a dor
E a obscuridade da desilusão!


João Salvador – 21/02/2014

Triste ilusão


Nos pequenos gestos encontras o carinho
Nas palavras o afecto …
Não terás irrealidades
Nem sonhos inatingíveis
Ou momentos efémeros
Ilusórios
Que te preencham um momento
E te abandonem vazia
As pequenas coisas que possuis
São riquezas que não valorizas agora …
Até as perderes
Num remorso mortal
Que te atinja a alma
Que jaz vazia
Num sepulcro sem vida!
De que te valeu a cegueira …
Apenas a morte de uma falsa paixão?
Quem és agora?
Um fantasma de ti próprio?
Tudo tinhas …
Nada tens …
Vagueias perdido no mar da desilusão!


João Salvador – 08/02/2014

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Conquita versus desilusão


Não te deixes render a encantos fúteis e galanteios falseados, onde o verdadeiro sentimento não tem lugar.
Uma conquista fácil destrói a mística e o prazer, perdendo-se com a meta alcançada, surgindo depois o vazio da desilusão e o sentimento de rejeição.



João Salvador – 18/03/2014

terça-feira, 8 de abril de 2014

Floresta encantada


Respiro o ar da floresta encantada
Das folhas que adornam seus troncos nus
Envergonhada ao olhar humano
Mas liberta do olhar crítico de Àrtemis

Caminhando pelo ventre dos majestosos guardiões
Medito a sua grandiosidade, beleza e altivez
Que me ensinam a pequenez universal
Da Mequinez egoísta dos humanos

Liberto-me na sua paz que rodeia o ar respirado
Aliviando-me do fardo do eu que me persegue
Alimentando-me a alma para a beleza da vida!

Sorvo a plenos pulmões a sua pureza
Visto-me da sua inocência, despida de preconceito
Rumando agora rejuvenescido, nascido para um novo dia!


João Salvador – 18/01/2014

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Espaço exíguo


Exíguo espaço que tenho em mim
Confinando à caixa da decepção
Perdido em movimentos escassos
Libertados pela mente doente!

Fisicamente preso ao mundo real
Dentro de uma mala dourada
Ornada de promessas vãs!
Cheia de sonhos não vividos

Alma algemada às dores carnais
Coração agrilhoado ao amor traído
Pensamentos distantes que sufocam

Liberdade de um amor perdido
Que jaz confinado ao tempo e espaço
Prisão da qual procuras fugir!


João Salvador – 20/03/2014

Insónias


Perco-me na insónia da noite
O sono desperta
Teu corpo
Esbelto …
Curvas delineadas
Apetitosas
Libertam impulsos carnais
Aquecem o sangue
Apagam-me a vontade de dormir
Transpiro …
Movimento-me
Viro-me para a direita
Gesticulo para a esquerda
Não adormeço …
Insónias …
Provocas-me insónias
Mulher!
Ama-me, possui-me!
Não me apoquentes mais
Não me mates de desejo
Ou então deixa-me dormir!
  

João Salvador – 20/03/2014

Desejo irracional


Caiem as pétalas no céu de um corpo nu
Beijando a pele sensível com sofreguidão
Percorrem os nervos desse corpo carente
Desejoso por sentimentos de paixão!

O desejo aflora abrupto e selvagem
As carnes aquecem descontroladas
Teus seios enrijecem apelando à cópula
Alimentando o erotismo da mente

Num ciclo crescente perdes a razão
Não queres saber de censura
Desprezas agora o pudor
Tudo em ti é loucura

Vives do desejo carnal
Inebriada pela insanidade
Uma doce loucura, eletrizante
Tudo em ti transpira tesão!


João Salvador – 28/02/2014