sábado, 25 de maio de 2013

Dor da alma



Extravasais as dores da alma negra que chora calada,
Soluça pensamentos inconstantes que dilaceram o sentir!
Questões empíricas voam sem resposta, adormecidas na apatia das palavras ditas que percorrem as feridas humanas.
Trilham-se caminhos curvos, contornando destinos que se buscam, ainda que não se procurem.
As dores da alma, quem não as sente?
Que tormentos naquelas verdades que trespassam a carne já de si demente!
Uma réstia de racionalidade faz acordar esta alma adormecida, mas que sente os impulsos dos sentimentos alheios que o golpeiam de alegria ou de tristeza.
Sentis que nada tendes, sentis névoas do passado, fantasmas que rasgam o céu, inundando-vos o pensamento de devaneios loucos, memórias que quereis apagar!
Acordes de violino percorrem o horizonte, tocando melodias que arrepiam todo o ser, alimentando-o dos mais variados pensamentos … prazer, ódio, revolta, tristeza, amor … impotência em ajudar … ajudar-se!
Não procurem entender, o que não é entendível. Vós próprios, no mais recôndito e longínquo canto da vossa alma, desconheceis quem sois e o que sentis realmente … assim o sente o poeta!

João Salvador – 25/05/2013