segunda-feira, 11 de março de 2013

Andorinhas



Esvoaçam despreocupadas
Cortam o ar com suas asas
Acariciam o vento que as beija
Trazem com elas a primavera

Visão sublime que contemplo
Na liberdade que espelham
Tão pequenas e belas aves
Que bailam o azul do céu

Incansáveis obreiras
Fazem seus ninhos nas beiras
Buscam nos lodos a terra

Nos seus bicos trazem vida
Construindo o seu ninho
Onde nascerão seus filhos

João Salvador – 03/03/2013
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Navegas na vida



Navegas oscilando no casco
Cujo barco ruma errante
Pela vida de suas gentes
Transportando-os ao sentimento
Que muda ao sabor do tempo!

Baixas suas velas
Que se rendem ao capricho do mar
Apagando a dor que te dilacera
Viajando vigorosas com a brisa do vento!

Segues navegando a vida
Com coragem …
Lanças as redes ao mar
Capturando o amor

Um amor ainda que errante
Ainda que não o desejado
Mas ainda assim lutas.
Lutas mulher pelo amor!

Pescas o que lançaste
Naquelas redes que teceste
Alimentadas pelas palavras
Proferidas sem retorno!

O choro soluçado te acompanha
Mas bem sabes que o porto
Se afastou, seguindo distante no horizonte
Alheado do ritmo do tempo presente

Vive agora o novo rumo …
Rende-te à vida presente
Ainda que sonâmbula
Ainda que dormente …
Mas vive mulher … VIVE!

João Salvador – 27/01/2013