quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Deusa lua


No alto do púlpito celestial
Olhas os escravos que rastejam a teus pés
Libertas a luz que roubas-te ao sol
Enfeitiças os homens com promessas de amor

És a sua alma
Em todas as fases dás-lhes o teu amor
Brinda-los, com a felicidade que não conheciam

Na chama da tua presença
Olhando o céu estrelado
Dás coragem às gentes
Para se libertarem das correntes
Das dores sentidas
Que os subjugavam contra a sua vontade

Deusa dos tempos
Musa de poetas
Senhora dos mares
Prometeste-lhes o perdão
Destes-lhes a redenção!

Olhas do céu a tua obra
Vês agora o homem liberto
Outrora escravo, preso às amarras
Que ele próprio criou


João Salvador – 23/08/2014