sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Lágrimas da minha loucura


Não suporto mais as lágrimas da minha loucura.
Os minutos apagam-me a vida, rumo ao ciclo anunciado …
Não me castrará …
A clausura do amor que encerro no peito, consome e corroí-me a vida, até agora, ao momento em que te escrevo …
Não mais me guardarei para aquele momento mágico de loucura, viverei já esses momentos, bailando ao sabor dos prazeres mundanos!
Não mais me guardarei, nas paredes desta mente presa a uma incerteza, que apenas me leva à perdição da já débil sanidade de um poeta perdido numa floresta de sentimentos controversos, antagónicos.
Perco-me hoje num novo dia, navegando na luxúria de um corpo quente, de uma Vénus, que como eu cansou de morrer uma vida em vida!
O pudor, esse, já não me interessa …
As opiniões, relevo-as, ignoro-as, vivendo gulosamente a perdição dos corpos esbeltos, torneados, suculentos... que me acalmam o libido de uma lava fumegante.
A loucura desta paixão desenfreada, realizo-a ao sabor dos desejos do momento, cuja realização em ti, está pendente apenas da tua vontade!
Esquece tudo, perde-te em mim … faz amor comigo, mata-me esta sede de ti! 

João Salvador - 01/01/2016