A poesia é um bálsamo para a alma. Neste cantinho eu navego por um mundo que construi e que me transmite paz. É para mim um refúgio onde o imaginário e o gosto pelas palavras me inundam e me fazem sonhar. Quem não precisa de sonhar, num mundo cada vez mais cinzento? Sejam bem-vindos! Visite ainda o meu blog: http://joaogomesalvador.blogspot.pt/
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Chuva que fustiga as almas
Ó Chuva! Fustigas a alma das gentes,
Que se passeiam afugentadas por ti
Implacável intempérie ameaçadora que retalhas
a teu bel-prazer em ventosas saraivadas
Que arremessas sem contemplação.
Fria e cortante como o gume da espada,
sem complacência de quem não te pode evitar
És grotesca quando violentas as terras
Mas suave e bela quando cais e banhas
Os corpos que percorres com prazer sem cessar
Arrepiando-os, levando-os ao êxtase do prazer mundano!
As translúcidas gotículas que emanas
Banham qualquer sofrer
Limpando as amarguras humanas
De um não querer … apazigua o sofrer
Purificação de almas sedentas de amor
Purgas os sentimentos mais obscuros
Torná-los belos, puros e apetecíveis
Trazes dos céus um misticismo
Que nos transporta para um imaginário
Continuado de busca pela felicidade
Apenas alcançada pela tua sapiência.
João Salvador – 25/04/2012
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