sábado, 4 de janeiro de 2014

Tu és Pedro ela Inês


Pedro vives na corte, mergulhado na obscuridade da noite
Uma vida de rebeldia num reino que jaz à deriva
Boémio, és o homem do reino, mas tu sentes-te vazio
Desconheces a natureza do amor, para além do corpo

Sacias teus pecados carnais nas damas da corte
Mas choras os pecados da alma que não sentis
Desconheceis a chama intensa do amor que alimenta
Viveis desnutridos do carinho da mulher que não vês

Percorreis vosso reino entristecido, buscando-a
Montado no cavalo vides o sol a rasgar os céus
Iluminando o caminho com uma presença angelical

Vistes a silhueta da mulher que será a salvação
O alento enche o coração, aquece o sangue, ali está Inês
A mulher que buscáveis para salvar a alma da perdição


João Salvador – 26/12/2013