sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Esquecimento


Finge o poeta que esquece
Foge do espírito que o enlouquece
Afasta do pensamento a memória
Sepultando o sentimento que sente!

Remete o amor para o esquecimento
Numa ténue fronteira que o assusta
Num presente já passado, que o rodeia
Ali estão as reminiscências da mente

Memórias que afloram em dias de melancolia
Desabrocham intensamente, num fogo viral e violento
Ferem intensamente o coração da gente
Ofuscam o espírito e a razão … irracionalmente!

Uma lembrança morta de chama vida,
Numa dor que reaparece intermitente
Numa ilusão que desaparece
Num pensar que não padece!


João Gomes Salvador - 20/10/2010

4 comentários:

  1. Deixa-me respirar, estas palavras...
    Porque a poesia é isto!

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  2. Obrigado pelo seu comentário Sérgio e por ter apreciado tão singelo poema.
    Tenha um feliz dia!

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  3. Muito profundo e intenso. Gostei imenso.

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  4. Obrigado Dulce, fico imensamente feliz que tenha gostado.

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