sexta-feira, 6 de junho de 2014

Tributo ao Rio Douro


Perdem-se os sentidos na beleza das encostas esverdeadas
onde dançam as videiras, acariciadas pelo vento
amadas pela mão do homem que as trata com carinho
Extraem das vinhas o néctar de Baco para deleite dos homens

Tanto que lhes proporcionas com  a riqueza das tuas águas
Fazes cintilar  os olhos de quem mira extasiado,
a beleza das tuas correntes 
que serpenteiam a terra dos privilegiados que habitam em ti

Nasce do teu ventre a vida
Alimentas a gula insaciável dos homens
Indiferente aos maus tratos a que és votada

Não, tu não te abates, continuas enfrentando o homem
Gladias-te com as suas loucuras
Segues senhor do destino, 
com uma serenidade aflitiva
que atormenta os mais afoitos.

Ó Douro ... toda a beleza que expeles contagia os poetas
Dás o pão aos homens que te sugam sem descanso
Privilegias a região com uma majestosa beleza
Enfeitiçada com as tuas curvas definidas
beijas com teu leito os crentes
matando-lhes a sede de vida!


João Salvador - 06/05/2014

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