domingo, 11 de junho de 2017

Abril ofereceu as liberdades



Naquele dia, Salgueiro Maia e os seus homens, destruíram as barreiras de uma ditadura, que mergulhou Portugal, durante anos a fio num limbo de obscuridade! 
Tempos não vividos por mim, apenas estudados, não tendo eu sentido na pele as amarguras do regime. 
Nesses tempos, imperava o medo é certo, mas também reinava a humildade, a pureza nas almas dos cidadãos, o patriotismo, o amor à terra mãe!
Hoje reina a liberdade, tão almejada. 
Nalguns casos confundida com a possibilidade de tudo fazer, sem respeitar todos aqueles com quem se priva, esquecendo-se os deveres e as mais básicas regras de civilidade.
O que se quer hoje? Tudo e nada ao mesmo tempo!
Os cidadãos (não todos felizmente), vivem hoje do chico- espertismo, não se rogando, vivendo de esquemas, de espezinhamento, de egocentrismo!
Valores? Para muitos nada dizem ...
O cidadão, para as elites são apenas o sustento dos seus vícios, das suas ambições. Para esses somos nada, uns bonecos, cordeiros que ruminam nos pântanos dos esquemas, engendrados, pelos lobos vestidos com pele de cordeiro!
Afinal o que se quer hoje, quando se vive mais para o futebol (não que não seja importante o lazer e o divertimento), do que para a cidadania activa?
Os tempos que se avizinham não são fáceis. Que futuro nos espera e que lições a retirar de um 25 de abril, que para muitos foi, não apenas de liberdade mas de aproveitamento e de destruição da imagem da nação e do sentimento de patriotismo e amor para com a pátria mãe.
"Máxima liberdade, máxima responsabilidade" - cada vez este cliché é menos valorado!

João Salvador - 25/05/2017

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